terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dança da Adaga

Muitas são as lendas que percorrem a história da dança do punhal.
Segundo Nassih Sari (http://ventreemebulicao.blogspirit.com/)o o punhal surgiu nos bordéis da Turquia (Cultura Ottomana), quando as européias eram escravizadas e levadas aos bordéis (1600-1700). Época em que os Mouros raptavam as mulheres a mando do Sultão da Turquia. O punhal era um instrumento de defesa e de comunicação entre a bailarina e a platéia.

Raks El Sharq (http://www.hindsaid.com.br) nos conta que por volta de 1700 e 1800, as mulheres russas e italianas eram raptadas pelos ciganos por serem mulheres muito vistosas e bonitas, e por isso eram disputadas pelos homens para que posteriormente fossem desposadas pelos mesmos. E depois de cada disputa o punhal era enterrado na terra para descarregar as energias negativas de quem o empunhasse.

Uma outra possibildiade é que essa dança era realizada pela odalisca predileta dos Sultão. Para mostrar seu poder às outras mulheres do Harém, ela tomava do Sultão seu punhal e dançava diante de todos. Com isso, ficava provado que ele tinha total confiança nela.

O que sabemos da literatura, alem do cidado na turquia, é que a raiz dessa dança pode ser de origem cigana ou egípcia também.

Entre as bailarinas ciganas utilizar o punhal era uma prática para garantir pretendentes, indicando a sua disponibilidade perante o homem desejado. Cada gesto usado com o punhal tem uma simbologia própria. Na cultura cigana, o punhal é a imagem da luta e vontade de vencer. Representa honra vitória e êxitos. Os Ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então, símbolo de superação e pioneirismo.

Em sua origem egípcia seria uma homenagem à Deusa Selkis - Rainha dos Escorpiões, que simbolizava a morte e a transformação.

O punhal não é usado em combates, como o bastão, sim para se de defender.
Na dança representa mistério e a bailarina tinha que mostrar poder, afinal ela carregada uma arma que simbolizada a morte, liberdade, sexo e a transformação.

Os significados dos gestuais:

Punhal na mão, com a ponta voltada para fora: a bailarina está livre;
Punhal na mão, com a ponta voltada para dentro: a bailarina é comprometida;
Punhal na testa com a ponta para baixo: magia;
Punhal entre os dentes: desafio (a mulher mostra nada temer);
Punhal coma ponta no quadril: força feminina;
Bater o punhal na bainha: chamado para o embate;
Punhal entre os seios com a ponta para cima: paixão;
Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: sexo;
Passar o punhal pelo corpo: sedução;
Equilibrar o punhal sobre a testa: domínio;
Desenhar círculos no ar com o punhal: limpeza energética astral;
Passar a lâmina rente ao próprio pescoço: ameaça de morte;
Punhal com entre as mãos sinuoso: Homenagem a alguém da platéia.

O desafio para a bailarina, nesta dança, (o que acredito que alguns discordem, claro), não é a demonstração de técnica de passos, mas sim a de sentimentos, cheia de mistério e suspense.
A habilidade de utilizar o punhal representando o fogo animador do elemento ar elenca todo o poder da criatividade de movimento da adaga com a força da mulher.
A finalização dos movimentos reepresentando a terra concretizadora do elemento ar traz as lutas e disputas da vida e pode simbolizar a limpeza do ambiente e do corpo.

É uma dança extremamente ricas e embora permitam diferentes interpretações, energia e vontade femininas, cada qual com sua beleza encantada com execuções que exijam habilidade e flexibilidade.

Tamaris Fontanella

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