segunda-feira, 15 de junho de 2009

Modalidades de Dança do Ventre

As culturas orientais são muito ricas em danças e tradições. Para aquelas que se interessam pela cultura do Oriente como um todo, não apenas pela Dança do Ventre, as danças folclóricas são ótimas fontes para pesquisa da tradição milenar destes povos. Bailarinas que queiram se tornar completas, não devem limitar-se à aprender o básico da Dança do Ventre, e sim buscar novas formas de dança que apenas enriquecerão sua linguagem corporal e cultural.


DANÇA COM VÉUS

O véu está presente em várias passagens de textos que falam sobre a dança dos povos do antigo Egito, por isso é previsível que este seja muito usado pelas bailarinas na atualidade. Quando se fala sobre a importância e o significado do véu, devemos lembrar que os movimentos na Dança do Ventre estão relacionados aos animais, às plantas, aos símbolos da mitologia egípcia e aos quatro elementos da natureza. Portanto, podemos relacionar o véu com o elemento ar (com os ventos que sopram do deserto).

A dança com véu pode variar de acordo com a intenção e criatividade da bailarina: pode-se dançar com um único véu, com dois ou até nove véus. Algumas bailarinas fazem uso do véu aliado aos snujs, por exemplo, querendo assim demonstrar sua habilidade com os acessórios da dança.

DANÇA DOS SETE VÉUS


Sua origem é muito especulada: já foi associada à passagem bíblica onde Salomé pede a cabeça de João Batista. Atualmente, é muito comum ver a dança ser vinculada aos sete chakras corporais, onde cada véu teria a cor de um dos chakras, simbolizando sua transformação.

A interpretação mais bela seria a de que esta tivesse sido originada de uma antiga lenda babilônica que dizia que a deusa Ishtar descia ao mundo subterrâneo e permanecia lá por seis meses.

A terra morria e nada nascia. Mas quando seu marido Tammuz descia para vê-la, nos outros seis meses do ano, a terra renascia e todos celebravam. Ishtar, ao descer, passava por sete portais e em cada um deles deixava um de seus atributos: saúde, beleza, poder ..., até chegar nua e indefesa como todos os mortais. Para cada portal atravessado pela deusa, a bailarina se despe de um véu. Para cada um, executa-se um movimento diferente, sugerindo um sentimento ou uma expressão variada.


DANÇA COM CIMITARRA, mais conhecida como DANÇA DA ESPADA

Dança com várias versões para sua origem. A primeira seria que esta dança servia para homenagear a deusa Neit, mãe de Ra, deusa da guerra, que destruía os inimigos e abria os caminhos.
Foto Najla

Uma segunda versão conta que a dança com a cimitarra surgiu das tabernas ou casas de prostituição. Os soldados, após um dia de luta, iriam descansar nesses lugares e as mulheres da casa pegavam suas espadas e dançavam, para sua diversão. Na terceira versão, deriva do Arjã, dança milenar que só era executada por homens, geralmente os velhos das aldeias, e simbolizava a vitória sobre os inimigos e a conquista de territórios. Com o passar do tempo, as mulheres incorporaram a cimitarra, espécie de espada com a ponta recurvada, às suas danças.

DANÇA COM PUNHAL

Versão da dança com cimitarra. Quase nada se sabe sobre sua origem, mas alguns acreditam que, para os egípcios, era uma homenagem à Deusa Selkis, que simbolizava a morte e a transformação. Numa segunda versão, essa dança era realizada pela odalisca predileta dos Sultão. Para mostrar seu poder às outras mulheres do Harém, ela tomava do Sultão seu punhal e dançava diante de todos. Com isso, ficava provado que ele tinha total confiança nela.


Não há comprovação histórica da veracidade dos fatos acima citados, sendo a segunda versão para a dança da Espada provavelmente a mais próxima da realidade, já que o Arjã é uma dança folclórica libanesa. A dança da espada, assim como a dança do punhal, foi vista pela primeira vez ao ser apresentada pela bailarina norte-americana Jamila Salimpour, criadora do Estilo Tribal Folclórico Interpretativo, modalidade de dança que mescla dança do ventre e danças folclóricas e traz para suas performances a interpretação de mitos e lendas orientais. Essas duas danças (punhal e cimitarra) não são consideradas folclóricas pelos povos do Oriente.

RAKS EL SHEMADAN – DANÇA DO CANDELABRO

Raks Al Shemadan é o nome egípcio para o que conhecemos como a Dança do Candelabro. Muito comum em festas de casamento ou aniversário, até hoje serve para celebrar a vida e a união entre as pessoas. Durante as comemorações de um casamento, por exemplo, a dançarina e suas velas simbolizam a luz que irá abrir e iluminar o caminho do novo casal. Muito comum no Egito, essa dança pode ter alguma relação com as tradições judaicas, que também tem o castiçal em sua simbologia. A proximidade dos países do Oriente Médio pode facilitar que traços culturais de povos diferentes se misturem, criando manifestações folclóricas cujas origens se tornem esquecidas no tempo, ou tenham explicações baseadas em "versões".

DANÇA DAS VELAS

Também conhecida como Dança das Tacinhas, deriva da Raks Al Shemadan. A bailarina dança com tacinhas (ou pequenos castiçais) com velas, nas mãos. Durante a dança, as taças são equilibradas em partes do corpo da bailarina, como coxas, barriga, etc. Tem a mesma simbologia que a dança com o castiçal, sendo comumente vista em casamentos, batizados e aniversários, servindo para iluminar os caminhos dos homenageados. Esta versão não é considerada folclórica pelos povos do Oriente.

DANÇA DA SERPENTE

Antigamente as sacerdotisas dançavam com uma serpente de metal (muitas vezes de ouro), por ser este um animal considerado sagrado e símbolo da sabedoria.
Atualmente vê-se algumas bailarinas dançando com cobra de verdade, mas isto deve ser visto apenas como um show de variedades, já que nem nos primórdios da dança o animal era utilizado.
Justamente por ser considerada sagrada, a serpente era apenas representada por adornos utilizados pelas bailarinas e pelo movimento de seu corpo.

DANÇA COM INSTRUMENTOS

Acreditava-se, na Antigüidade, que a música servia como um purificador do ambiente, retirando os maus fluidos e devolvendo energia positiva ao lugar. Por isso, em rituais de celebração aos deuses, era comum que houvesse cânticos ou música instrumental. Atualmente, a música ainda serve para este propósito, já que anima qualquer ambiente, sendo indispensável em uma festa ou comemoração, mas já não nos prendemos aos porquês místicos e desfrutamos do prazer que a música pode nos trazer.

DANÇA COM SNUJS

Snuj é um instrumento rítmico que serve, quando tocado pela bailarina, para acompanhar o ritmo da música e as batidas de sua dança. Foto Ayuny Os snujs, ou címbalos, são 4 platilhos de metal presos nos polegares e dedos médios de ambas as mãos, que devem ser tocados leve e rapidamente, fazendo com que o som seja próximo ao de sinos de igreja. Pode ser tocado livremente, seguindo a música dançada, ou dentro da notação específica do ritmo em questão. Os ritmos mais conhecidos são: Ayyoub, Malfouf, Baladi, Saaidi, Maqsoum, Soudi, Masmoudi Kabir, Chaftatalli, entre outros.

As bailarinas com maior experiência costumam florear mais, ou mesmo tocar durante toda a sua dança. Mas isso não é regra: os snujs podem ser tocados só em alguns momentos, acompanhando uma pequena seqüência, a estrofe da música ou algumas batidas do derbake. Uma outra possibilidade é da bailarina dançar ao som dos snujs, sendo que estes estarão sendo tocados por um músico.

Pode parecer difícil, mas com treino e seguindo algumas pequenas regras, como suspender o toque em momentos de taksim, tocá-los sempre alternados, observar as mudanças de ritmo dentro da música (e acompanhá-la dentro do compasso) e finalizar no momento correto, a bailarina só trará mais brilho à sua performance.

DANÇA COM DAFF

O daff é um pandeiro árabe, que tem o som um pouco diferente do nosso pandeiro. Por ser pequeno e fácil de lidar, pode ser usado pela bailarina, assim como os snujs, para acompanhar a música. Os ritmos mais rápidos são perfeitos para serem acompanhadas pelas batidas do pandeiro no corpo da bailarina. As danças com instrumentos são sempre muito alegres e festivas.

SOLO DE DERBAKE

Derbake é um instrumento de percussão, similar à tabla. Enquanto o músico executa o solo desse instrumento, a bailarina acompanha as batidas da percussão com o corpo. O elemento coreográfico típico das danças para o Solo de Derbake é o shimie, acompanhado de movimentos de batida (solares e lunares).

DANÇAS FOLCLÓRICAS

A Dança do Ventre caiu no gosto do mundo inteiro, e por isso acabamos descobrindo no folclore dos povos do Oriente várias outras danças, como o Khaleege, o Tahtib e sua versão feminina (Raks Al Assaya) ou a Raks Al Shemadan, que já incorporamos ao nosso "acervo". No entanto, algumas modalidades raramente podem ser aprendidas (ou mesmo vistas) por nós, ocidentais, geralmente, por terem um caráter religioso ou carregarem traços culturais muito fortes.

RAKS AL BALAAS – DANÇA DO JARRO

Conhecida também como Dança do Nilo, acredita-se que sua origem tenha relação com as cerimônias realizadas à beira do rio, pedindo que ele inundasse suas margens para fertilizar as terras, beneficiando nas plantações e colheitas. Em outra versão, essa dança seria a representação da vida dos povos do deserto, onde a bailarina faz o trajeto de uma nômade que sai de sua tenda em direção ao oásis com o intuito de buscar água. No caminho, ela executa movimentos com o jarro como: parar para descansar, refrescar-se, pegar a água e, finalmente, voltar à tenda. Para dançá-la, a bailarina deve usar roupas que cubram todo o corpo, imitando o traje das beduínas, inclusive fazendo uso dos chadores (véus que cobrem o rosto). É necessário habilidade, equilíbrio e boa expressão facial.

O uso do jarro também pode ser visto na Fallahi, dança egípcia camponesa.

TAHTIB OU SAAIDI

Dança beduína do Sul do Egito, originária dos nômades do deserto. Inicialmente, era dançada apenas por homens. O nome correto seria Tahtib, mas é comumente chamada de Saaidi, pois se utiliza este ritmo em sua execução. É dançada com um cajado nas mãos, conhecido como shoumas, e este serve para fazer "acrobacias", que é o ponto forte da dança, representando uma espécie de luta, onde os homens atacam ou defendem-se de golpes imaginários. Por tradição, em algumas aldeias, os bastões eram talhados com a história de suas tribos, servindo a dança também para honrar as conquistas de sua família. Aos poucos, as mulheres foram fazendo parte das danças, podendo executar o Tahtib e, algum tempo depois, criando a Raks Al Assaya, versão exclusivamente feminina desta dança.

RAKS EL ASSAYA – DANÇA DO BASTÃO OU DA BENGALA

Também conhecida como Dança do Bastão ou da Bengala. Seria uma versão feminina para a dança Tahtib. Os movimentos aqui são graciosos, delicados, onde as mulheres apenas manejam o bastão demonstrando suas habilidades com o objeto, usando-o também como uma "moldura" para mostrar o corpo durante a execução de seus movimentos.

RAKS AL NACHAAT - KHALEEGE

Dança folclórica originária do Golfo Pérsico, área da Península Arábica que engloba países como Arábia Saudita, Kuwait, Oman, entre outros. O nome da dança vem exatamente de suas origens: khaleege, em árabe, significa golfo. Também é conhecida como Raks El Nacha’at. Essa dança, praticada somente por mulheres, é comumente vista em festas familiares desde a Antigüidade até os dias de hoje. Para dançá-la, a bailarina usa longos vestidos, cobrindo praticamente todo o corpo. A execução da dança traz uma simples marcação para os pés, sendo o ponto forte da apresentação o trabalho de mãos, braços, cabeça (e cabelos - em geral, longos), com movimentos circulares, formando a figura de um oito, etc. A música para o khaleege também é diferenciada: o ritmo utilizado é o saudi.

DABKE

Desde os tempos dos fenícios (cerca de 4.000 a.C.), a cobertura de telhados planos nas casas do Oriente Médio era feita de ramos cobertos com lama. Na mudança de estação entre o outono e o inverno, a dilatação proporcionava rachaduras nessa cobertura, fazendo com que as chuvas de inverno trouxessem vazamentos. Por isso, os proprietários das casas pediam ajuda aos vizinhos para recompor a mistura. Todos subiam ao telhado para recompactar a lama, fazendo com que penetrasse em todas as frestas, a fim de evitar os vazamentos.

Com o acompanhamento de um DERBAKE e uma flauta MIJWIZ, os homens se distraiam no ritual das batidas e assim podiam compactar os telhados de suas aldeias e das aldeias vizinhas, mesmo sob o frio e a chuva. Mais tarde, um rolo de pedra substituiu os homens que, no entanto, já acostumados, continuavam a bater os pés nas ruas da aldeia.

O dabke não requer o movimento dos braços, marca-se o ritmo com as batidas dos pés e é realizada em grupo. Apesar de ser originalmente masculina, hoje em dia pode ser vista sendo dançada por toda a família. Nas festas árabes, essa dança acaba por contagiar a todos. Mesmo quem não faz parte da Colônia, ou não conhece a dança, entra no clima pela alegria e facilidade da execução dos passos.

MELEAH LAF

Meleah Laf significa lenço enrolado. Esta dança foi vista unicamente no Egito, mais especificamente no subúrbio do Cairo. Foto Ana Razapella
Nos anos 20, surgiu uma moda no Cairo, onde as mulheres da sociedade começaram a usar o Meleah, grande lenço preto, enrolado ao corpo. A moda passou, mas as garotas do subúrbio até hoje continuam a usar seus lenços. No entanto, agora elas o usam na dança.

A amarração padrão do Meleah passa o véu por baixo dos seios, prendendo uma das pontas embaixo do braço. Do outro lado, o véu passa por cima da cabeça e é seguro pela mão. Durante a dança, a bailarina “puxa” o Meleah para que este fique justo ao corpo e ressalte suas formas femininas, principalmente o quadril. No decorrer da música, a bailarina solta o lenço e dança até o fim com ele nas mãos. É comum vê-las dançando com um chador (quase sempre de de crochê) cobrindo o rosto, que também pode ser tirado no decorrer da apresentação. Outra observação interessante: a dançarina masca chiclete durante a dança (tradicionalmente, as egípcias costumam mascar goma de miske).

O jeito de andar, o lenço e o chador cobrindo o que mais tarde será descoberto, o ato de mascar chiclete , a música (sempre muito alegre e festiva) são fatores importantes que caracterizam o jeito das garotas Baladi do Egito. É uma dança cheia de estereótipos, onde é necessário charme e uma pitada de ousadia de quem a interpreta.

DANÇA GHAWAZEE

Ghawazee, para os egípcios, significa ciganas. Assim eram chamadas as dançarinas de Dança do Ventre, no Egito Antigo, que se apresentavam nas ruas, também recebendo o nome de As Dançarinas do Povo. Foto Ana RazapellaAs ghawazee realizam esta dança de uma maneira toda especial, com trajes bem folclóricos, pintura tribal nos rostos, turbantes e lenços amarrados à cabeça, e músicas tradicionais, com poucos e típicos instrumentos.

Hoje em dia, poucas ciganas tentam ganhar a vida dançando ou dando aulas no Egito, competindo desigualmente com as bailarinas da Dança do Ventre hollywoodiana, apresentada nos maiores hotéis e casas noturnas do Cairo.

No entanto, surge nos Estados Unidos um movimento muito forte, tentando buscar as raízes da dança dessas ghawazee. Grupos como The Ghawazee Troupe, The Fat Chance Belly Dance e The Pink Gipsy Groupe, estão buscando nessa forma de dançar uma nova visão da Dança do Ventre. Associando a Dança Ghawazee à outras danças orientais, formam o que chamam de Tribal Fusion Style.

DANÇA COM FLORES

Realizada na época da primavera, quando as camponesas egípcias iam trabalhar na colheita das flores. Para amenizar o trabalho, elas cantavam e dançavam. Mais adiante, tornou-se uma dança comum nas festas populares. Enquanto dança, a bailarina entrega as flores de seu cesto aos espectadores. As Ghawazee também realizam a mesma dança, também conhecida como Dança do Cesto. Neste caso, a dançarina acrescenta algumas características próprias, como equilibrar o cesto de flores na cabeça, mexer suas saias (rodadas) enquanto dançam, prender uma flor entre os dentes, por exemplo.

GUEDRA

Dança ritual típica dos nômades do Deserto do Saara, aparecendo também na Mauritânia, Marrocos e Egito. Também é conhecida como a Dança da Benção dos Touaregs.

É uma dança de transe, de origem religiosa, que tem por finalidade trazer satisfação e alegria plena àqueles que a praticam e/ou a assistem. Sua base é simples, onde a bailarina executa movimentos com as mãos, para as quatro direções (Norte, Sul, Leste e Oeste), para quatro elementos (céu - acima, terra - abaixo, ar - para trás e ággua - para baixo) ou simbolizando o tempo (passado - para trás, presente - para o lado e futuro - para frente). Outro movimento básico seria a benção oriental, onde toca-se o estômago, o coração e a cabeça, emanando a energia da dança ao público. Para recuperar a energia dispensada, a dançarina toca-se na direção do ombro, trazendo a vibração da platéia para si.

Inicia-se com o rosto coberto por um véu, que pode ser abandonado no decorrer da dança. Em certo momento, a dançarina começa um balanço de cabeça, para frente e para trás, geralmente brusco, fazendo voar suas tranças.

Com grande freqüência, encerra-se a dança no chão. A roupa típica para dançar a Guedra é o Caftan, acompanhado do Haik, espécie de manto preso à frente do corpo por alfinetes e correntes.

Acompanha adornos de cabeça e tranças (reais ou postiças). A musica usada são cânticos muçulmanos, que podem durar até horas.

HAGALLA

Originária da Líbia, no Egito essa dança foi encontrada com maior freqüência em Mersa Matruh. Quando realizada com autenticidade, a performance é executada por uma mulher totalmente coberta, ao som de cânticos masculinos , chamados keffafeen, acompanhados por palmas. Tradicionalmente, a dançarina de Haggala deve apresentar-se para quatro homens e, dentre eles, escolher apenas um para o qual terminará sua dança. Ela amarra um lenço nos quadris e, quando escolher seu pretendente, deverá laçá-lo com este. Numa versão mais moderna, grupos de mulheres dançam umas para as outras.


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